quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O INTRANSIGENTE FIM...




O intransigente ato de determinação, é a fôrma que molda o amor em dor e tristeza, condenando o sorriso em porões úmidos com o peso da aflição que soterra a resistência frágil. E, todas as ilusões são fundidas pelas razões ácidas numa nova agressão, num novo argumentar prático baseado no racionalismo inerente aos apaixonados. O afastamento do tempo e da distância,é agonia febril de uma alma desalentada, chorando ânsias vorazes de desejos adormecidos. As lembranças mais vivas são restos esmaecidos do que perdeu a magia na dádiva do amor absoluto e compartilhado, aquele característico até que a morte nos separe. E a dor pungente de estar só, renasce todos os dias na difusa e confusa trama das leis inflexíveis do cotidiano. A sociedade faz cobranças covardes sobre a moral alheia na absurda pretensão de manter os bons costumes, quando traça sua própria conduta vigilante na hipocrisia das paixões clandestinas.



Vânia Moraes